A União Europeia (UE) disse nesta quinta-feira (22) que metade dos adultos que vivem nos 27 países do bloco — cerca de 200 milhões de pessoas — já está totalmente vacinada contra a covid-19.
As autoridades do bloco estabeleceram como meta vacinar 70% dos adultos europeus até o final do verão no hemisfério norte, em setembro deste ano.
Depois de um início lento e criticado da campanha de vacinação, os países aceleraram a aplicação de doses nos últimos meses e passaram a figurar entre os que possuem maior percentual da população protegida contra o vírus no mundo.
Apesar dos números, alguns países europeus estão enfrentando novos surtos da doença provocados pela variante Delta, mais contagiosa do que a cepa original do vírus. Há também resistência de parte da população em se vacinar contra o vírus.
Descoberta inicialmente na Índia, a Delta já se tornou predominante entre os novos casos registrados na França. O governo de Emmanuel Macron ampliou o uso de certificado de saúde para acelerar a campanha de vacinação, após uma queda no ritmo de doses aplicadas nas últimas semanas.
Na Espanha, as autoridades de algumas regiões, como a Catalunha, reimpuseram restrições sobre a vida noturna para tentar conter a disseminação do vírus entre os mais jovens.
Já a primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, fez um alerta, hoje, sobre o rápido crescimento dos casos no país, embora os números ainda estejam abaixo dos registrados nos vizinhos europeus.
O anúncio foi feito pouco depois de a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, ter confirmado que o bloco pretende doar 200 milhões de doses de vacinas até o fim do ano, o dobro da promessa original.
Os países mais ricos estão sendo pressionados a doar as doses excedentes para os mais pobres. Enquanto a UE já imunizou metade de seus adultos, alguns governos africanos, por exemplo, sequer têm vacinas suficientes para aplicar nos profissionais de saúde que estão na linha de frente de combate ao vírus.