A Itália decidiu exigir que os cidadãos apresentem um passaporte sanitário para ter acesso a áreas fechadas de restaurantes, como resposta a um aumento de casos da covid-19 no país.
Além das áreas fechadas de restaurantes, os italianos também terão que mostrar o documento para entrar em estádios, museus, teatros e cinemas. Quando voltarem a funcionar, as boates também cobrarão o certificado.
Mais 5.057 novos casos foram registrados no país nas últimas horas, parte deles causados pela variante delta, mais contagiosa que a cepa original do vírus. Este foi o maior número em dois meses, de acordo com o Ministério da Saúde, que confirmou outras 15 mortes no período.
Apesar de os números serem menores do que os registrados nos vizinhos europeus, o governo de Mario Draghi decidiu hoje seguir os passos já adotados pela França, cobrando o certificado sanitário como forma de conter a disseminação do vírus e de estimular a vacinação.
O passaporte sanitário, usado para viagens na União Europeia (UE), é emitido para pessoas já vacinadas contra a covid-19, que tenham se curado de uma infecção ou que apresentem um resultado negativo para a doença em um exame recente.
Mais de 60% dos italianos já receberam pelo menos uma dose das vacinas, segundo os dados oficiais. Quase metade da população já está totalmente imunizada contra o vírus.
A medida deve enfrentar resistência de empresários e partidos de extrema direita, que são contrários ao uso amplo do passaporte sanitário. Matteo Salvini, líder da Liga, disse que a cobrança poderia ser boa para estádios, “mas não para comer uma pizza”.