O agora decano do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, afirmou nesta quinta-feira que "os representantes das Forças Armadas devem respeitar os meios institucionais do debate sobre a urna eletrônica".
"Política é feita com argumentos, contraposição de ideias e, sobretudo, respeito à Constituição. Na nossa democracia, não há espaço para coações autoritárias armadas."
Gilmar manifestou-se em seu perfil no Twitter em razão de reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo" segundo a qual o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, mandou um interlocutor avisar ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que não haverá eleições em 2022 sem voto impresso.
O presidente da Câmara href='https://valor.globo.com/politica/noticia/2021/07/22/lira-nega-que-braga-netto-tenha-ameaado-eleies-se-voto-impresso-no-for-aprovado.ghtml'>negou ter ocorrido o episódio e Braga Netto href='https://valor.globo.com/politica/noticia/2021/07/22/braga-netto-nega-ter-ameacado-eleicoes-de-2022-se-nao-houver-voto-impresso.ghtml'>disse tratar-se de "desinformação" para gerar instabilidade política.
O tom da mensagem atribuída ao ministro da Defesa é semelhante a declarações públicas já feitas pelo presidente Jair Bolsonaro, que, além da defesa do voto impresso, levanta suspeitas sem provas sobre a segurança da urna eletrônica.