O dólar encerrou esta quarta-feira (13) em alta de 0,28%, cotado a R$ 5,4014. A moeda norte-americana oscilou em faixa estreita durante o dia, com mínima de R$ 5,3804 (-0,11%) pela manhã e máxima de R$ 5,4104 (+0,45%) no início da tarde.
O movimento ocorreu após o governo anunciar um plano de contingência para empresas afetadas pela tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos. O pacote prevê uma linha de crédito de R$ 30 bilhões, aportes de R$ 4,5 bilhões em fundos garantidores e até R$ 5 bilhões em créditos tributários a exportadores. Do total, R$ 9,5 bilhões ficarão fora da contabilidade da meta fiscal.
A medida provisória assinada pelo president Lula não surpreendeu o mercado, pois já havia sido antecipada por autoridades como o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o vice-presidente Geraldo Alckmin. Ainda assim, investidores seguem cautelosos diante do impasse comercial entre Brasil e EUA, agravado pelo cancelamento de uma reunião entre Haddad e o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent.
No mercado futuro, o contrato de dólar com vencimento mais próximo recuava 0,07% na B3, cotado a R$ 5,425. A valorização do real nas últimas semanas tem sido sustentada por um enfraquecimento global do dólar, em meio a expectativas de que o Federal Reserve corte os juros já em setembro. Segundo operadores, as apostas para um corte de 0,25 ponto percentual chegaram a 100% nesta quarta-feira, com parte do mercado já cogitando uma redução maior, de 0,5 ponto.
O índice do dólar, que compara a moeda norte-americana a uma cesta de seis divisas, caiu 0,21%, para 97,828. No Brasil, o Banco Central vendeu 35 mil contratos de swap cambial para rolagem do vencimento de 1º de setembro de 2025 e informou que o fluxo cambial ficou positivo em US$ 118 milhões em agosto até o dia 8.
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