Café recua em Nova York com tarifas dos EUA e alta produção da Colômbia
Mercado trava à espera de negociações diplomáticas, enquanto a Colômbia tem melhor desempenho em dez anos
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A Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerrou o pregão desta quarta-feira (6) com forte recuo nos preços do café arábica, pressionados por dois fatores principais: a entrada em vigor da tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre o produto brasileiro e o crescimento expressivo da produção colombiana.
O Brasil, principal fornecedor de café aos EUA, vê o mercado travado diante da nova taxação. Traders apontam que importadores norte-americanos estão em compasso de espera, aguardando uma possível isenção futura, o que reduz as transações no curto prazo. Com isso, exportadores brasileiros começam a mirar outros mercados, como China e União Europeia.
Além disso, a produção de café da Colômbia cresceu 19% em julho, com 1,373 milhão de sacas, o maior volume para o mês em dez anos, segundo a Federação Nacional dos Cafeicultores. No acumulado de 12 meses, o país produziu 14,6 milhões de sacas — alta de 18%.
Na ICE, o contrato para setembro/25 caiu 5,30 centavos (–1,8%), fechando a 293,40 centavos de dólar por libra-peso. Dezembro/25 encerrou em 286,40 centavos, com queda de 1,5%.