Exportação de carne bovina bate recorde em junho com US$ 1,5 bilhão em receita

Mesmo com aumento de 55% nas receitas, tarifas dos EUA preocupam o setor brasileiro

- Da Redação, com Safras & Mercado
18/07/2025 09h32 - Atualizado há 1 dia
Exportação de carne bovina bate recorde em junho com US$ 1,5 bilhão em receita
Foto: Reprodução

As exportações de carne bovina do Brasil atingiram um recorde histórico em junho. A receita aumentou 55% e o volume exportado subiu 41%. Isso inclui carnes in natura, processadas e miúdos. Os dados são da Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO), baseados na Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

Em junho, a receita total foi de US$ 1,505 bilhão, com 341.555 toneladas exportadas. No mesmo mês de 2024, a receita foi de US$ 970,7 milhões e 242.538 toneladas. O recorde anterior era de 319.289 toneladas, em outubro de 2024.

No primeiro semestre do ano, a exportação total de carne bovina e subprodutos gerou US$ 7,446 bilhões em receita, um aumento de 28%. O volume movimentado foi de 1.690.229 toneladas, alta de 17,3%.

A China, maior cliente do Brasil, aumentou suas compras em 11,3% em volume e 27,4% em receita no semestre. O preço médio pago pela China subiu, refletindo a valorização da arroba do boi gordo. Atualmente, a China responde por 43% da receita total da carne bovina e 37,4% do volume exportado.

Os Estados Unidos, segundo maior comprador, aumentaram muito suas aquisições. O volume subiu 85,4% e a receita, 99,8% no primeiro semestre de 2025. Os EUA agora representam 24,4% do volume total brasileiro e 17,3% da receita.

No entanto, uma tarifa adicional de 50% anunciada em 9 de julho pode prejudicar as vendas para os EUA no segundo semestre. A medida entra em vigor em 1º de agosto. Produtores estão preocupados. Indústrias já sentem o efeito, com cancelamento de pedidos. O setor aguarda negociações para resolver o problema.

O Chile foi o terceiro maior comprador, aumentando 21% no volume e 37,4% na receita. O México ficou em quarto lugar, com aumentos de 189% no volume e 235% na receita. No total, 118 países compraram mais no primeiro semestre, enquanto 51 reduziram suas compras.


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