Os recursos do Plano Safra 2025/26 para a agricultura empresarial somam R$ 8 bilhões a mais que no ciclo anterior, mas não representam ganho real diante da inflação de 5,3% acumulada no período, analisa o consultor Carlos Cogo, da Cogo Inteligência em Agronegócio.
Além disso, a verba destinada à equalização dos juros caiu. No caso da agricultura empresarial, foram reservados R$ 3,9 bilhões para equalização, contra R$ 5,9 bilhões na safra passada. Os juros médios subiram, chegando a 14% ao ano para custeio, enquanto no Pronamp, para médios produtores, são de 10% acima dos 8% do ciclo anterior.
“São taxas historicamente altas para o Plano Safra, fruto do desequilíbrio fiscal, mas ainda abaixo das cobradas pelo mercado privado, onde uma CPR pode chegar a 25% ao ano”, disse Cogo.