Na coluna Gestão Robusta desta sexta-feira (27), André Luiz Casagrande explica o que é o conceito de ganho compensatório em bovinos de corte. Apesar de animais submetidos a restrição alimentar apresentarem um ganho de peso vivo elevado na fase seguinte, esse desempenho não se traduz, necessariamente, em maior produção de carcaça — o verdadeiro “lucro” do pecuarista.
De acordo com o zootecnista Nathan Machado Cavalcante, da Premix, o ganho aparente decorre da redução no tamanho dos órgãos durante a restrição, que exige menos energia de manutenção. Com o retorno da oferta nutricional, esses órgãos se regeneram, aumentando o peso vivo, mas sem refletir no rendimento final da carcaça — o que pode representar perdas econômicas.
Cavalcante reforça que a chave para evitar esse cenário é o planejamento nutricional ao longo do ano, com metas bem definidas e um programa alimentar consistente, que minimize períodos de restrição e garanta um desenvolvimento contínuo e eficiente dos animais. Para isso, é essencial integrar nutrição, genética, manejo e sanidade de forma coordenada.
O especialista finaliza ressaltando que a pecuária moderna exige uso de tecnologias, capacitação das equipes e gestão de dados para alcançar metas sustentáveis, com produtividade crescente e respeito às dimensões ambiental, econômica e social.
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