O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação oficial, subiu 0,26% em junho, abaixo da expectativa do mercado (0,30%) e da taxa de maio (0,36%). Em 12 meses, o índice acumula alta de 5,27%, também abaixo da projeção de 5,31%. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (26) pelo IBGE.
Entre os nove grupos pesquisados, sete tiveram alta. O maior impacto veio de Habitação (1,08%), puxada pela energia elétrica residencial, que subiu 3,29% com a aplicação da bandeira tarifária vermelha patamar 1. Essa mudança adiciona R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos. Reajustes em cidades como Belo Horizonte, Recife e Salvador também pressionaram o índice.
A taxa de água e esgoto (0,94%) e o gás encanado (0,13%) também subiram. Em Vestuário (0,51%), destacaram-se os aumentos nas roupas femininas e em calçados. Em Saúde e cuidados pessoais (0,29%), o plano de saúde teve elevação de 0,57%.
Já o grupo Alimentação e bebidas registrou leve queda de 0,02%, a primeira após nove meses de altas consecutivas. No domicílio, o recuo foi de 0,24%, com destaque para as quedas no preço do tomate (-7,24%), ovos (-6,95%) e arroz (-3,44%). Por outro lado, a cebola subiu 9,54% e o café moído, 2,86%.
Transportes teve variação de 0,06%, com destaque para a gratuidade no transporte público aos domingos em cidades como Brasília e Belém. Já os combustíveis caíram 0,69%, com recuos em gasolina, etanol, diesel e gás veicular.
Entre as regiões, Recife liderou com alta de 0,66%, influenciada pela energia elétrica e gasolina. Porto Alegre teve a menor variação (-0,10%), puxada pela queda no tomate e na gasolina.