Dados divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no levantamento feito pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), indicam que o país tem 14,1 milhões de trabalhadores desempregados. A estatística indica uma regressão de 1% no desemprego no segundo trimestre do ano e chegou a 13,7% de pessoas desocupadas. E que mais da metade da população ativa está empregada.
Segundo o IBGE, hoje mais 3,6% de pessoas estão ocupadas. Um contingente de 3,1 milhões no período analisado, totalizando 89 milhões de pessoas com alguma ocupação.
A Agência Brasil informa que a analista da pesquisa, Adriana Beringuy, disse que o nível de ocupação subiu 1,7 ponto percentual, para 50,2%. É a primeira vez que mais da metade da população está empregada, após início da pandemia de covid-19, em março de 2020.
“Essa é a primeira vez, desde o trimestre encerrado em abril de 2020, que o nível de ocupação fica acima de 50%, o que indica que mais da metade da população em idade para trabalhar está ocupada no país”, afirmou.
Empregos recuperados
Mesmo que a pesquisa mostre que há recuperação de empregos com carteira assinada, ainda há cinco milhões de pessoas ocupadas a menos do que no período pré-pandemia.
Adriana diz que “se você olhar do ponto de vista da população ocupada, a gente está em 89 milhões. Bem no início de 2020 estávamos na casa de 94 milhões, ou seja, ainda temos cinco milhões a menos do que no período pré-pandemia. Mas houve um crescimento bastante significativo da população ocupada, que volta a ficar acima dos 50%, mas ainda é bem menor do que o que tínhamos no período pré-pandemia. O crescimento maior no trimestre e no ano foi do emprego com carteira”.
No trimestre analisado pelo IBGE, aumentou em 3,5% o número de trabalhadores com carteira assinada subiu 3,5%. Ou seja, mais um milhão de pessoas, totalizando 30,6 milhões no trimestre móvel analisado. Segundo o IBGE, este é o primeiro aumento no emprego com carteira desde janeiro de 2020, na comparação anual.
A pesquisa também indicou aumento nos postos de trabalho informais, com a expansão do trabalho por conta própria sem CNPJ e do emprego sem carteira no setor privado. Com isso, a taxa de informalidade subiu de 39,8% do trimestre móvel anterior para 40,8% no trimestre encerrado em julho.
O número de empregados no setor privado sem carteira cresceu 6,0% na comparação trimestral, para 10,3 milhões de pessoas. Em um ano, esse contingente subiu 19,0%.
Da Redação, com Agência Brasil.
