Após meses de aperto, a indústria brasileira de etanol de milho vislumbra um cenário promissor para a safra 2025/26. De acordo com a consultoria Datagro, as margens de produção do setor poderão variar entre 19% e 34,7%, impulsionadas pela queda dos preços do milho, expectativa de safra recorde e possível aumento da mistura de etanol anidro na gasolina de 27% para 30%.
Com o recuo de 37% no preço do milho na região de Sorriso (MT) de R$ 65 para R$ 41 por saca em um mês, as usinas voltaram a operar com margem positiva após um trimestre de prejuízos. A Datagro projeta uma colheita de 132,68 milhões de toneladas em 2024/25, frente às 122,05 milhões de toneladas da safra anterior.
Segundo a consultoria, os preços do etanol hidratado também devem se manter firmes, com alta média de 5% em 2025/26 na região de Paulínia (SP), importante polo de distribuição. A demanda aquecida por DDGS, subproduto do etanol usado na alimentação animal, também contribui para a rentabilidade. O valor da tonelada subiu de R$ 1.150 para R$ 1.300 nos últimos dias.
Esse conjunto de fatores deve incentivar a expansão do setor. De acordo com a Datagro, a produção de etanol de milho no Brasil pode saltar de 8,2 bilhões de litros em 2024/25 para 18,4 bilhões de litros em 2033/34, consolidando o país como um dos principais produtores mundiais do biocombustível.
