O setor público brasileiro, formado pelo governo federal, estados e municípios, tem um superávit de R$ 16,729 bilhões em agosto. No ano passado, em agosto, o setor público registrou um déficit de R$ 87,594 bilhões. A justificativa para a reversão das expectativas são o aumento da arrecadação federal e a consequente diminuição dos gastos com saúde por causa da pandemia de coronavirus.
Este é o melhor mês de agosto desde quando o Banco Central iniciou a pesquisa, em 2001. Os números foram divulgados nesta quarta-feira.
Mesmo com os bons números de agosto, no acumulado dos doze meses, o déficit é grande: R$ 130,346 bilhões. Esse valor é 1% do Produto Interno Bruto (IB) brasileiro. Os números, no entanto, mostram uma recuperação lenta gradual. Em agosto do ano passado, o déficit foi de R$ 703 bilhões nos doze meses anteriores. A relação déficit PIB em agosto do ano passado era de 9,47%
A Agência Brasil explica que o déficit primário representa o resultado negativo das contas do setor público (despesas menos receitas) desconsiderando o pagamento dos juros da dívida pública. No ano, de janeiro a agosto, há superávit de R$ 1,237 bilhão, ante resultado negativo de R$ 571,367 no mesmo período do ano passado.
Inicialmente, o déficit primário do setor público previsto pelo governo para este ano é de R$ 251,1 bilhões. Em 2020 ele foi de R$ 702,950 bilhões, 9,49% do PIB (a soma de todo o que é produzido pelo país ao longo de um ano). Foi o sétimo ano consecutivo de déficits no setor púbico.
