Dólar sobe para R$ 5,63 após correção do mercado

Queda do petróleo e realização de lucros explicam movimento

- Da Redação, com Agência Brasil
15/05/2025 08h58 - Atualizado há 12 horas
Dólar sobe para R$ 5,63 após correção do mercado
Foto: Reprodução

O mercado financeiro brasileiro teve um dia de ajustes com uma leve alta do dólar e pequena queda na bolsa de valores nesta quarta-feira (14), refletindo um movimento de realização de lucros após dias de ganhos expressivos. O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 5,632, com alta de R$ 0,024 (+0,42%). Apesar da valorização, a moeda norte-americana ainda acumula queda de 0,77% em maio e de 8,87% no acumulado de 2025.

No início da manhã, a divisa chegou a recuar para R$ 5,59, renovando o patamar mais baixo em sete meses. No entanto, com a abertura dos mercados nos Estados Unidos, o dólar inverteu a tendência e passou a subir, impulsionado por fatores externos e pela reacomodação de investidores.

No mercado acionário, o Ibovespa, principal índice da B3, recuou 0,31% e fechou o pregão aos 138.536 pontos, interrompendo uma sequência de quatro altas consecutivas. O recuo foi interpretado como um movimento técnico, em que investidores decidiram realizar lucros após o índice ter alcançado um recorde histórico na véspera.

A ausência de novos desdobramentos na guerra comercial promovida pelo governo de Donald Trump contribuiu para a cautela dos agentes do mercado. Sem estímulos adicionais, o ambiente foi propício para uma rodada de ajustes. Muitos investidores se movimentaram para aproveitar a baixa recente do dólar, enquanto outros venderam ações com o objetivo de garantir os ganhos acumulados nos últimos dias.

Outro fator que pesou no comportamento do mercado foi a queda nos preços das commodities. O petróleo, por exemplo, recuou 0,42% e fechou cotado a US$ 65,81 o barril, após ter ultrapassado os US$ 66 na sessão anterior, atingindo o maior nível em três semanas. Para países exportadores de matérias-primas, como o Brasil, esse movimento tende a pressionar o câmbio, uma vez que a redução no valor das exportações implica entrada menor de divisas no país, pressionando o real.


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