O secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Luis Rua, declarou nesta terça-feira (13/5) que a abertura simultânea de cinco novos mercados na China para produtos do agronegócio brasileiro representa um recorde, com potencial para gerar negócios na casa dos US$ 20 bilhões.
"É uma conquista histórica para o Brasil. A maior abertura em número de produtos. Foram cinco produtos abertos para o nosso agronegócio, que se somam aos pescados que foram abertos no fim de abril", afirmou Rua. "Somados, é um impacto bastante grande, de cerca de US$ 20 bilhões, é o tamanho do mercado que abrimos agora. Naturalmente, o Brasil começará a ocupar parte desses espaços se assim os chineses desejarem", completou.
Os protocolos assinados nesta terça-feira viabilizam a exportação de DDG/DDGS, farelo de amendoim, miúdos de frango, carne de pato e carne de peru para o mercado chinês.
A maior fatia desse potencial vem do setor de pescados extrativos, cujo mercado foi aberto no fim de abril. Somente em 2024, a China importou cerca de US$ 18 bilhões em produtos desse segmento.
O Ministério da Agricultura também destacou o potencial dos itens recém-autorizados. Em 2024, segundo dados da aduana chinesa, a China importou US$ 155 milhões em miúdos de frango, US$ 50 milhões em carne de peru, US$ 1,4 milhão em carne de pato, mais de US$ 66 milhões em DDG e DDGS, e US$ 18 milhões em farelo de amendoim.
"A abertura das três proteínas de carne de aves pode representar mais de R$ 1 bilhão em receita cambial para o nosso país", disse o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin.