O vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), protocolou nesta terça-feira uma queixa-crime contra o presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) por difamação.
O senador do Rede Sustentabilidade acionou a Corte após Bolsonaro ter atribuído a ele a defesa da compra da Covaxin sem certificação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). As negociações pelo imunizante indiano estão no alvo da comissão parlamentar de inquérito.
“Olha quem queria comprar a Covaxin sem licitação e sem a certificação da Anvisa”, disse Bolsonaro nas redes sociais.
“Randolfe, Omar e Renildo [sic] Calheiros, via emendas, tudo fizeram para que governadores e prefeitos pudessem comprar as vacinas a qualquer preço, com o presidente da República pagando a conta, obviamente. Com planos frustrados restou ao G-7 da CPI acusar ao Governo do que eles tentaram fazer”, completou, referindo-se também ao presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), e relator, Renan Calheiros (MDB-AL).
Em resposta ao presidente, o Randolfe afirmou que queria a vacina o mais rápido possível, independente da origem do imunizante.
“Salvar vidas, para gente, não é brincadeira e não é algo que se negocie com intermediários”, disse. “Queria a Janssen, a Covaxin, a Astrazeneca, a Coronavac, a Pfizer… Nossa diferença é grande: eu queria vacina! Vocês queriam propina!”, acrescentou.