O mercado financeiro brasileiro viveu um dia de otimismo na terça-feira (25), impulsionado pela divulgação de dados fracos da economia dos Estados Unidos e pelo tom firme da ata do Comitê de Política Monetária (Copom). O dólar caiu quase 1% após três dias de alta, enquanto a bolsa subiu 0,57%, aproximando-se do maior nível do ano.
A moeda norte-americana encerrou o dia cotada a R$ 5,709, registrando queda de R$ 0,043 (-0,75%). Pela manhã, o dólar chegou a alcançar R$ 5,67, mas se estabilizou em torno de R$ 5,70 durante a tarde, com investidores aproveitando o momento para comprar a moeda a preços mais baixos. No acumulado de março, o dólar já recuou 3,5%, e no ano, a queda é de 7,62%.
No mercado de ações, o índice Ibovespa, principal referência da B3, fechou o dia aos 132.068 pontos, com alta de 0,57%. Durante a manhã, o indicador chegou a subir 1,64%, mas perdeu força à tarde. O desempenho positivo coloca o índice próximo ao maior patamar do ano, registrado no dia 19 de março, quando atingiu 132.508 pontos.
O cenário positivo foi influenciado por fatores internos e externos. No Brasil, a ata da reunião do Copom confirmou que a taxa básica de juros, a Selic, pode permanecer elevada por mais tempo caso o crescimento econômico seja menor do que o esperado. A Selic atualmente está em 14,25% ao ano, o que atrai capital estrangeiro ao país.
Externamente, a queda do índice de confiança do consumidor nos Estados Unidos, de 98,3 pontos em fevereiro para 92,9 pontos em março, ficou abaixo do esperado pelo mercado. O dado enfraqueceu o dólar globalmente, pois sugere que o Federal Reserve (Fed), o banco central norte-americano, pode reduzir o ritmo de cortes de juros na maior economia do mundo.