O dólar comercial encerrou esta quarta-feira (19) com um recuo de 0,43%, fechando a R$ 5,647. Este é o menor valor da moeda americana desde 14 de outubro de 2023, marcando a sétima sessão consecutiva de queda.
Durante o dia, a moeda flutuou ao redor da estabilidade, mas caiu com força à tarde, chegando a bater R$ 5,63. No acumulado de 2025, o dólar já registra uma queda de 8,58%, com 3,52% dessa desvalorização ocorrendo apenas nas últimas sete sessões.
O movimento de desvalorização do dólar reflete um alívio nos mercados financeiros, acompanhado por uma recuperação da Bolsa de Valores. O índice Ibovespa, da B3, subiu 0,79%, fechando aos 132.508 pontos, o maior nível desde 2 de outubro de 2023. A alta no mercado acionário ainda foi impulsionada pela reação positiva das bolsas norte-americanas, que se recuperaram após vários dias de quedas.
O dia também foi marcado pela expectativa do mercado em relação às decisões sobre as taxas de juros no Brasil e nos Estados Unidos. O Federal Reserve (Fed), Banco Central norte-americano, manteve seus juros inalterados, o que levou à queda nas taxas de longo prazo dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos e provocou a desvalorização do dólar globalmente.
No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) também anunciou a elevação da taxa Selic para 14,25% ao ano, mas os investidores já haviam precificado esse aumento, que foi antecipado pela própria comunicação do Banco Central. O mercado agora aguarda os próximos passos do Copom, que indicou uma elevação "em magnitude menor" em sua próxima reunião, prevista para maio, e esse comunicado terá repercussões no pregão de quinta-feira (20).