Em clima de campanha eleitoral – com direito a jingle de 2018 tocando em um caminhão de som –, o presidente Jair Bolsonaro fez mais um discurso em Uberlândia (MG), nesta terça-feira, depois de passear a cavalo e de moto pela cidade. Em meio a gritos de gritos de "mito" e "eu autorizo", ele voltou a convocar apoiadores para as manifestações de 7 de Setembro e afirmou que todas as autoridades, inclusive do Judiciário, devem seguir "o rumo" determinado pelo "povo brasileiro".
"Creio que chegou a hora de nós, no dia 7, nos tornarmos independentes para valer e dizer que não aceitamos que uma ou outra pessoa em Brasília queira impor a sua vontade", afirmou.
"Vocês é que devem dar o norte a todos nós que estamos em Brasília. E este norte será dado com mais ênfase e força no próximo dia 7", disse Bolsonaro. "Lá, mostraremos um retrato para o Brasil e o mundo dizendo para onde este país irá. Este país irá para onde vocês apontarem, todos nós, do Executivo, do Legislativo e do Judiciário, têm [sic] a obrigação de estar ao lado do povo brasileiro. São vocês que pagam os nossos salários e apontam as dificuldades que têm e o que devemos fazer para superá-las".
Nos últimos dias, o presidente intensificou a campanha pelos atos de apoio ao seu governo, com agendas fora de Brasília.
A viagem a Minas Gerais teve como pretexto a inauguração de uma obra para reforçar o abastecimento de água. Antes da cerimônia, ele desfilou por Uberlândia montado num cavalo e empunhando uma bandeira do Brasil – sempre sem máscara e provocando aglomeração. Ao discursar, ainda pela manhã, atacou adversários, defendeu seu governo e convocou os presentes para as manifestações. À tarde, participou de uma “motociata” na cidade. Ao longo de todo o dia, o presidente não teve agenda oficial ou reuniões de trabalho.
