A Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil (Orplana) manifestou preocupação com a possibilidade de imposição de tarifas recíprocas pelos Estados Unidos sobre o etanol brasileiro. A medida foi mencionada nesta semana pelo presidente norte-americano, Donald Trump, e pode trazer impactos significativos ao setor sucroenergético do Brasil.
Segundo o CEO da Orplana, José Guilherme Nogueira, a tarifa adicional pode comprometer a competitividade do etanol brasileiro no mercado americano, afetando as exportações e elevando o preço do combustível para os consumidores dos EUA. "A imposição de novas tarifas pode resultar na perda de competitividade do etanol brasileiro nos Estados Unidos, afetando não apenas o setor sucroenergético, mas também o consumidor norte-americano, que poderá ver o preço do combustível aumentar no país”, afirmou Nogueira.
Ele destacou que tanto a indústria brasileira quanto a norte-americana de etanol são as maiores do mundo, mas o biocombustível brasileiro tem vantagens ambientais. "A indústria de etanol brasileiro, além de altamente eficiente, tem um efeito de descarbonização superior, por estar embasada no etanol de cana, somado ao estímulo por ações de incentivo, como o Renovabio, o que gera um efeito muito positivo na descarbonização do planeta”, frisou.
Para a Orplana, a adoção de barreiras comerciais pode desencorajar o avanço do setor de biocombustíveis e gerar impactos ambientais e econômicos negativos. "As restrições comerciais podem desencorajar avanços no setor de biocombustíveis e gerar impactos ambientais e econômicos negativos. Por isso, defendemos o diálogo entre os governos para evitar prejuízos ao comércio internacional e à transição energética global, garantindo que o mercado funcione de forma justa e benéfica para todos", concluiu o CEO da organização.
