A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) assinaram, nesta quarta-feira (12), um acordo para a desmobilização de imóveis ociosos da estatal, com o objetivo de ampliar a capacidade de armazenamento de grãos no país.
A iniciativa resultará em um aumento de 33% na capacidade operacional da Conab, elevando a estocagem de 900 mil para 1,2 milhão de toneladas. O acordo contempla a venda de nove imóveis, incluindo oito armazéns desativados e um pavimento comercial, atualmente onerosos para a companhia. Esses ativos estão avaliados em aproximadamente R$ 175 milhões.
Os recursos obtidos com a venda serão reinvestidos na modernização dos armazéns da Conab nos estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e no Distrito Federal.
O presidente da Conab, Edegar Pretto, ressaltou que a parceria proporciona uma solução ágil e financeiramente segura para fortalecer a infraestrutura da estatal.
“Temos a necessidade de ampliar nossa capacidade operacional e encontramos uma alternativa que valoriza os ativos da companhia. A ampliação da capacidade de armazenamento garantirá melhores condições para a gestão dos estoques reguladores e para o suporte ao setor agropecuário”, afirmou Pretto.
O BNDES será responsável pela modelagem de negócios, visando viabilizar parcerias público-privadas para a desmobilização dos ativos. Nelson Barbosa, diretor de Planejamento e Relações Institucionais do banco, destacou que “é um projeto de valorização de ativos e aumento de investimentos da Conab”.
O contrato firmado entre as instituições terá validade inicial de 36 meses, podendo ser prorrogado até o limite de 60 meses. Além da ampliação da capacidade de armazenamento, o acordo visa otimizar a logística da estatal e reduzir custos operacionais.
Durante a cerimônia de assinatura, o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Paulo Teixeira, destacou a relevância da parceria para a estruturação financeira da Conab. “Estamos promovendo um fortalecimento da Conab por meio de um modelo que equaciona as finanças da estatal e permite a expansão dos serviços prestados ao setor agrícola”, afirmou Teixeira.