A inflação dos alimentos voltou a subir em janeiro devido à menor oferta de produtos essenciais, como tomate e cenoura, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apontou uma alta de 0,96% no grupo de alimentos e bebidas, impactando em 0,21 ponto percentual o índice geral.
Mesmo com a elevação, houve uma desaceleração em relação a dezembro, quando os preços desse grupo subiram 1,18%. Entre os itens que mais pressionaram a inflação, destacam-se os tubérculos, raízes e legumes (8,19%), além de bebidas e infusões (2,96%). O tomate registrou aumento expressivo de 20,27%, enquanto a cenoura disparou 36,14%. O café moído também exerceu forte influência, com alta de 8,56%.
A menor produção desses produtos foi atribuída a problemas climáticos, como chuvas intensas que prejudicaram as lavouras. Além disso, alguns produtores optaram por reduzir o cultivo de certas culturas após prejuízos anteriores. Para conter a alta dos preços, o governo estuda reduzir tarifas de importação e aposta na safra recorde prevista para 2025, que deve crescer 10,2% segundo o IBGE.