31/08/2021 às 16h00min - Atualizada em 31/08/2021 às 16h00min

CPI da Covid aprova requerimento de convocação da advogada do presidente Jair Bolsonaro

A CPI da Covid aprovou a convocação de Karina Kufa, advogada do presidente Jair Bolsonaro, a prestar depoimento na condição de testemunha. Relator da CPI, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) defendeu que Karina e o coronel Elcio Franco, ex-número 2 do Ministério da Saúde na gestão de Eduardo Pazuello, sejam ouvidos na semana de 13 de setembro.

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A nome da advogada apareceu na CPI por conta da quebra de sigilo do lobista Marconny Faria. Kufa foi a responsável por organizar um jantar em sua residência onde Marconny Faria foi apresentado a Ricardo Santana, depoente que se revelou como uma espécie de consultor informal do Ministério da Saúde. No requerimento, de autoria do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), ele alega que o depoimento da advogada “pode esclarecer sua participação e de outros personagens do seu círculo de amizades nas negociações envolvendo contratos com o Ministério da Saúde”.

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Também foi aprovada a quebra de sigilos telefônico, fiscal, bancário e telemático da empresa VTCLog. Por fim, a CPI também deu aval à reconvocação do motoboy Ivanildo Gonçalves da Silva.

A CPI da Covid exibiu nesta terça-feira (31) imagens do motoboy Ivanildo chegando a uma agência bancária no mesmo momento em que foram pagos boletos em nome de Roberto Dias, ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde.

De acordo Calheiros, o motoboy teria quitado dívidas de Dias com a Voetur, empresa de turismo que também é controladora da VTCLog.

Calendário

Nesta quarta-feira (1º de setembro), o colegiado receberá o depoimento do advogado Marcos Tolentino, amigo do líder do governo, deputado Ricardo Barros (PP-PR). Na visão de integrantes da CPI, ele estaria envolvido em possíveis ilegalidades na compra da vacina indiana Covaxin.

Na quinta-feira (02), está previsto o depoimento de Marcony Albernaz, lobista da Precisa Medicamentos. Na semana que vem, por conta do feriado de 7 de setembro, a CPI não terá depoimentos, dedicando-se a “trabalhos administrativos”, segundo Calheiros.

Com poucas datas disponíveis até o fim dos trabalhos – integrantes pretendem concluir a CPI da Covid já em meados de setembro -, Renan disse ser possível que a comissão passe a ter mais de um depoente por dia. “Vamos na medida do possível ir acrescentando outros depoimentos. Se precisar ouvir dois ou três no mesmo dia, não importa. Estou trabalhando para anteciparmos ao máximo a entrega do relatório final”, disse, refutando que a conclusão da CPI possa ocorrer apenas em outubro em função das novas informações, especialmente ligadas à empresa VTCLog.

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