A produção de alimentos gerou de janeiro a julho de 2021 um saldo positivo de 176.674 postos de trabalho com carteira assinada, o melhor resultado para o setor desde 2011 em sete meses, e um crescimento de 107% em relação ao mesmo período do ano passado. É o que mostra o Comunicado Técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que analisou os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho.
Em julho de 2021, a produção de alimentos criou 25.422 novas vagas formais, com a região Sudeste responsável por 14.974 postos. Nordeste, Centro-Oeste, Norte e Sul registraram crescimento de 5.098, 3.970, 771 e 609 empregos, respectivamente.
O comunicado destaca que, no acumulado dos sete primeiros meses de 2020, o setor registrou criação líquida de 85.446 novos empregos.
São Paulo foi o estado com maior geração de empregos em julho, com criação de 14.608 novas vagas. Outros estados com destaque no crescimento no número de postos de trabalho foram Mato Grosso (2.891), Pernambuco (1.455) e Rio Grande do Norte (1.189).
As atividades agropecuárias que mais contribuíram para o bom resultado de julho foram: Atividades de Apoio à Agricultura não Especificadas Anteriormente (4.332), Cultivo de Soja (4.201), Cultivo de Laranja (2.853), Criação de Bovinos para Corte (2.598) e Cultivo de Alho (1.906).
Em relação aos demais setores da economia, apenas a Construção teve saldo positivo, de 8.800 empregos, enquanto todos os outros perderam postos de trabalho no período: Serviços (-508.135), Comércio (-426.091) e Indústria (-184.003).
“Dessa forma, ao contrário dos demais setores da economia, onde a criação de vagas de trabalho em 2021 tem representado, em grande medida, a recuperação da intensa perda de empregos no ano passado, o número de novas vagas abertas na Agropecuária entre janeiro e julho de 2021 se soma ao resultado positivo registrado em igual período de 2020”, explica a CNA.
“Isso significa que contabilizados ambos períodos [saldos acumulados de janeiro a junho de 2020 e de janeiro a julho de 2021], a agropecuária é o setor que apresenta maior contribuição para o emprego formal no País”, acrescenta o comunicado técnico da CNA.
(Fonte: CNA)