Após uma sequência de 12 sessões consecutivas de baixa, o dólar fechou em alta nesta quarta-feira (5), ainda abaixo dos R$ 5,80. O movimento foi impulsionado por investidores realizando lucros recentes no Brasil, enquanto a moeda norte-americana registrou nova queda no exterior.
O dólar à vista avançou 0,37%, encerrando o dia cotado a R$ 5,7935, marcando sua primeira valorização diária desde 17 de janeiro. No acumulado de 2025, a moeda registra uma desvalorização de 6,24%. Já o dólar para março, contrato mais líquido negociado na B3, subiu 0,68%, alcançando R$ 5,8205 às 17h04.
No início do pregão, a moeda chegou a cair, atingindo a mínima de R$ 5,7501 às 9h07 (-0,38%), mas rapidamente mudou de direção com investidores recompondo posições compradas. A máxima do dia foi registrada às 11h06, quando a moeda atingiu R$ 5,8184 (+0,81%). Apesar de oscilar durante a tarde, o dólar terminou o dia em alta.
No cenário externo, o dólar recuou diante de uma cesta de seis moedas, em meio à percepção de que possíveis tarifas dos EUA contra México, Canadá e China não devem evoluir para uma guerra comercial. Às 17h15, o índice do dólar recuava 0,39%, marcando 107,630 pontos.
No Brasil, o mercado acompanhou declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que reafirmou a proposta de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais, garantindo medidas compensatórias para a renúncia fiscal.
O Banco Central realizou a venda de 15.000 contratos de swap cambial tradicional para rolagem do vencimento de março de 2025. Já no fluxo cambial, o Brasil registrou saída líquida de US$ 6,7 bilhões em janeiro, resultado de um saldo negativo de US$ 4,562 bilhões na via comercial e remessas de US$ 2,137 bilhões pelo canal financeiro. No entanto, a última semana de janeiro apresentou saldo positivo, com entrada de US$ 1,253 bilhão no país.