O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br), calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre), subiu 0,3 ponto em agosto, para 119,6 pontos. Com o resultado, o indicador mantém distância superior a 4 pontos para a média de 115 pontos vigente entre 2015 e 2019.
“A alta do IIE-Br em agosto foi determinada pelo componente de expectativa, que mede a dispersão das previsões para os 12 meses seguintes. As dificuldades em superar a pandemia no Brasil e no mundo, as dúvidas com relação à real situação fiscal do país e as frequentes turbulências políticas são fatores que vêm contribuindo para a alta da incerteza", diz Anna Carolina Gouveia, economista do FGV Ibre, no relatório apresentado nesta terça-feira.
No âmbito econômico, segundo ela, o país ainda tem desafios como a inflação ascendente e o risco de crise energética. "Com todas essas fontes de ruído, dificilmente o indicador convergirá para a já elevada média 2015-2019 nos próximos meses”, acrescentou.
Os dois componentes do Indicador de Incerteza caminharam em sentidos opostos em agosto. O componente de Mídia recuou 0,5 ponto, para 118,4 pontos, contribuindo negativamente em 0,4 ponto. O componente de Expectativas, que mede a dispersão das previsões para os 12 meses seguintes, subiu 3 pontos, para 116,2 pontos, contribuindo de forma positiva, em 0,7 ponto, para a evolução na margem do indicador agregado.