O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic em 1 ponto percentual, atingindo 13,25% ao ano. A decisão era amplamente esperada pelo mercado e confirma a quarta alta consecutiva dos juros básicos da economia, colocando a Selic no patamar mais alto desde setembro de 2023. O aumento visa conter a inflação em meio à alta do dólar e incertezas na economia global.
Desde junho do ano passado, quando atingiu 10,5% ao ano, a Selic tem sido gradativamente elevada, refletindo a preocupação do Banco Central com o controle dos preços. O principal indicador de inflação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), registrou alta de 0,52% em dezembro, acumulando 4,83% em 2024, acima do teto da meta de inflação.
Com a nova alta dos juros, os financiamentos e o crédito ficarão mais caros, o que tende a reduzir o consumo e desaquecê-la economia. No entanto, segundo o Banco Central, a projeção de crescimento para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 foi revisada para 2,1%. Analistas do mercado, porém, estimam um crescimento um pouco menor, de 2,06%, conforme apontado pelo boletim Focus.
A próxima reunião do Copom ocorrerá em março, quando será divulgada a nova projeção do IPCA para o ano. Enquanto isso, economistas avaliam que o patamar elevado dos juros deve se manter por mais tempo, dependendo da evolução dos preços e da atividade econômica.
