A colheita da soja no Brasil avança de forma lenta em 2025, com apenas 3,39% da área total colhida até o momento, segundo dados da Pátria Agronegócios. O número está muito distante dos 9,46% registrados no mesmo período de 2024 e da média de 7,99% dos últimos cinco anos. No centro-oeste, principal região produtora, o atraso é atribuído ao alongamento do ciclo das lavouras, mesmo com condições climáticas mais firmes nos últimos dias.
Em Mato Grosso, responsável por mais de 25% da produção nacional, a colheita alcançou 4,38% da área prevista, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Apesar do avanço de 2,97 pontos percentuais em relação à semana anterior, o índice está bem abaixo dos 21,51% registrados no mesmo período de 2024 e da média histórica de 13,01%.
O ritmo mais lento em Mato Grosso reflete a menor adesão ao plantio antecipado, que costuma acelerar os trabalhos. Na região do Médio-Norte, uma das principais do estado, a colheita atingiu 6,23% da área. Paralelamente, os produtores iniciaram o plantio da segunda safra de algodão, que ocorre nas áreas liberadas pela colheita da soja.
No Paraná, por outro lado, os trabalhos avançam acima da média dos últimos cinco anos, indicando uma situação mais favorável para o estado. A expectativa é de que a colheita ganhe ritmo nas próximas semanas, impulsionada por melhores condições climáticas e pela pressão para liberar áreas para o plantio de culturas subsequentes.
