Polícia Civil investiga venda de carne submersa na enchente do RS para consumo humano

Operação em Três Rios (RJ) aponta lucro exorbitante e risco à saúde pública

- Da Redação, com CarneTec
23/01/2025 08h40 - Atualizado há 1 semana
Polícia Civil investiga venda de carne submersa na enchente do RS para consumo humano
Reprodução Instagram / Governo do Rio Grande do Sul

A Polícia Civil do Rio de Janeiro realizou na última quarta-feira (22) uma operação de busca e apreensão contra uma empresa em Três Rios (RJ), suspeita de comercializar carne bovina imprópria para consumo humano. O produto, submerso durante dias nas enchentes que atingiram Porto Alegre (RS) no ano passado, deveria ser destinado exclusivamente à produção de ração animal, mas foi ilegalmente redirecionado ao comércio tradicional.

 

De acordo com a investigação conduzida pela Delegacia do Consumidor (Decon), a empresa fluminense adquiriu cerca de 800 toneladas de carne contaminada e lucrou mais de 1.000% ao vendê-la para o mercado de consumo humano. O esquema, descrito como uma grave ameaça à saúde pública, resultou na prisão em flagrante de um suspeito durante a operação.

 

Os responsáveis pela empresa, que não tiveram os nomes divulgados, poderão responder pelos crimes de associação criminosa, receptação, adulteração e corrupção de alimentos, com possível alcance em todo o território nacional.

 

A Decon do Rio Grande do Sul, que apoiou a investigação entre maio e junho de 2024, informou que os produtos em questão eram oriundos de uma empresa em Canoas (RS), cujo depósito foi completamente atingido pelas águas contaminadas da enchente. Segundo nota da Decon-RS, a venda da carne para a empresa fluminense foi realizada de forma legal, com a condição de que fosse destinada exclusivamente à fabricação de ração animal ou para uso em graxarias.

 

 


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