A Raízen reportou uma queda expressiva na moagem de cana-de-açúcar durante o terceiro trimestre da safra 2024/25, processando 13,8 milhões de toneladas, 26,6% abaixo do volume registrado no mesmo período da safra anterior. A redução reflete tanto a sazonalidade do ciclo da cana quanto as condições climáticas adversas, como déficit hídrico e queimadas, que prejudicaram a produtividade.
No acumulado da safra, a companhia processou 77,5 milhões de toneladas de cana, com um aumento de 4,6% no índice de açúcares totais recuperáveis (ATR), que alcançou 137 quilogramas por tonelada. Contudo, o rendimento agrícola caiu 13%, chegando a 67 toneladas por hectare, em comparação às 77 t/ha da safra 2023/24.
Do total processado, 44% da matéria-prima foi destinada à produção de açúcar e 56% ao etanol, proporção que na safra anterior era equilibrada em 50% para cada produto. A produção de açúcar equivalente ficou entre 1,8 milhão e 1,9 milhão de toneladas no trimestre, uma redução significativa em relação aos 2,43 milhões do período anterior. As vendas de açúcar próprio totalizaram 1,168 milhão de toneladas, representando uma queda de 10%.
No segmento de etanol, as vendas próprias alcançaram 895 mil metros cúbicos, um aumento em relação aos 737 mil m³ do ano passado. O preço médio ficou entre R$ 2.800 e R$ 2.950 por m³. No mercado de mobilidade no Brasil, o volume de vendas variou entre 6,8 milhões e 6,9 milhões de m³, uma redução em comparação aos 7,132 milhões do período anterior, atribuída à competitividade de preços.
A empresa anunciou ainda a descontinuidade da divulgação de projeções financeiras para a safra atual, citando a performance até agora e mudanças internas em andamento. Os resultados auditados do terceiro trimestre serão divulgados em 14 de fevereiro, com uma teleconferência agendada para 17 de fevereiro.
