Valorização de terras agrícolas no Brasil supera 100% desde 2019
Rentabilidade no setor agrícola é superior a outros investimentos nos últimos cinco anos
- Da Redação, com MoneyTimes
15/01/2025 11h07 - Atualizado há 2 dias
Foto: Reprodução
O mercado de terras agrícolas no Brasil teve uma valorização expressiva nos últimos cinco anos, conforme apontou um levantamento realizado pela Scot Consultoria. Entre 2019 e 2024, o preço das áreas agrícolas subiu, em média, 113%, mais que dobrando em 11 estados do país. O valor médio do hectare passou de R$ 14,8 mil para R$ 17,8 mil no período, com algumas regiões experimentando aumentos ainda mais significativos.
Dentre os estados analisados, Rondônia se destacou com um aumento de quase 300% no preço da terra, alcançando um valor médio de R$ 23,1 mil por hectare. Já as terras nos estados do Matopiba (Piauí, Maranhão, Tocantins e Bahia) também registraram altas impressionantes, com o Piauí e o Maranhão tendo suas terras agrícolas mais valorizadas, com aumentos de até 200%.
O Paraná, que lidera o ranking de preços de terra, viu um crescimento de 107% no valor médio das suas áreas agrícolas, que atingiram R$ 59,2 mil por hectare, o maior valor do país.
Comparando com outros investimentos, a rentabilidade das terras agrícolas superou a de várias alternativas no mesmo período. O índice Ibovespa (IBOV) teve uma valorização de 25,9%, enquanto a poupança teve rendimento de 28,66%. O dólar comercial subiu 47,27%, e o CDI teve um crescimento de 48,79%. Já a inflação no período foi de 33,63%, o que coloca o mercado de terras agrícolas como uma das melhores opções de investimento na última década.
O levantamento da Scot Consultoria, que incluiu dados sobre os 17 estados mais relevantes na produção agrícola do Brasil, identificou que fatores como a proximidade de malha viária, a tecnificação das propriedades, a produtividade das regiões e a infraestrutura local, como portos e agroindústrias, influenciam diretamente os preços das terras.
Apesar da alta nos preços, a consultoria aponta que a taxa de juros elevada tem sido um limitador para maiores volumes de negociação, já que o crédito está mais restrito. No entanto, o mercado de capitais tem injetado investimentos no setor, mantendo os preços das terras firmes e atraentes para os investidores.