A semana será marcada por cenários climáticos contrastantes no Brasil, com chuvas volumosas no Centro-Oeste e Nordeste e seca persistente no Sul, segundo análise do meteorologista Arthur Müller, do Canal Rural. Os extremos climáticos devem gerar impactos significativos no agronegócio, com benefícios e desafios para as lavouras.
No Sul, o clima seco persistirá em Santa Catarina e Rio Grande do Sul, com acumulados de apenas 10 a 20 mm e temperaturas acima de 32°C, agravando riscos de incêndios e prejudicando as lavouras. Uma frente fria prevista para o fim de semana pode trazer alívio parcial ao Paraná e ao norte gaúcho.
No Sudeste, a umidade trazida do Norte garantirá chuvas frequentes em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. Em Minas, os acumulados podem chegar a 150 mm, beneficiando a agricultura, mas também elevando o risco de alagamentos e deslizamentos em áreas vulneráveis.
O Centro-Oeste terá volumes de até 200 mm em Mato Grosso, Goiás e no Distrito Federal, atrasando a colheita da soja. Em Mato Grosso do Sul, as chuvas beneficiarão o norte e leste do estado, enquanto o sudoeste seguirá quente e seco, com máximas próximas a 40°C.
No Nordeste, a Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) manterá acumulados acima de 100 mm em estados como Bahia, Maranhão e Piauí, favorecendo cultivos e pastagens. Já no Norte, o clima será dividido, com chuvas volumosas no Tocantins e sul do Pará, enquanto áreas como Rondônia e Roraima enfrentam calor e seca severa, com máximas de até 38°C.
Os impactos no agronegócio incluem recuperação do solo nas regiões chuvosas, mas o calor extremo e a falta de precipitações no Sul e no extremo Norte continuam a ameaçar a produção agrícola.