​Após 4 anos, a invasão do Capitólio ainda assombra Trump e a democracia americana

Após quatro anos e sete mortes, ex-presidente ainda nega fraude nas eleições de 2020

06/01/2025 15h09 - Atualizado há 1 semana
​Após 4 anos, a invasão do Capitólio ainda assombra Trump e a democracia americana
Foto: Isac Nóbrega/PR
No dia 6 de janeiro de 2021, o Capitólio dos Estados Unidos (O Congresso americano), símbolo da democracia norte-americana, tornou-se palco de uma das cenas mais ameaçadora da história recente do país. Quatro anos após o ataque, que deixou sete mortos e danos estimados em mais de US$ 2,8 milhões, a invasão ainda ecoa na política americana, enquanto Donald Trump persiste em não reconhecer sua derrota na eleição de 2020.

Durante um discurso inflamado, realizado no National Mall, Trump incentivou seus apoiadores a marcharem até o Congresso para impedir a certificação da vitória de Joe Biden. O ato resultou em violência, invasão de gabinetes e a suspensão abrupta da sessão. Entre as vítimas, um policial morreu no dia seguinte, enquanto mais de 140 agentes ficaram feridos. Desde então, 170 pessoas foram acusadas de violência contra oficiais e centenas de outras foram detidas por diferentes crimes relacionados ao episódio.

Apesar das evidências amplamente divulgadas, Trump continua a alegar, sem provas, que houve fraude eleitoral. Ele também prometeu conceder perdões a alguns dos acusados, o que tem gerado reações. Para a democrata Catarina Clark, "o momento exige renovarmos nosso compromisso com a Constituição e o Estado de direito." Já Biden, em um artigo recente, reforçou que o país jamais deve esquecer o ocorrido: "Uma nação que ignora seu passado está condenada a repeti-lo."

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. Ao negar que houve uma tentativa de golpe de estado naquele país, ele promete, a partir de sua posse, em 20 de janeiro, anistiar e indultar os militantes condenados pela justiça americana. Há quem tenha cometido apenas invasão de propriedade, mas existem os responsáveis pelas mortes e pela tentativa de evitar a nomeação de Joe Biden há 4 anos.

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