30/08/2021 às 12h00min - Atualizada em 30/08/2021 às 12h00min

Dólar e juros futuros operam em alta avaliando questões locais

O dólar iniciou a segunda-feira em alta moderada, acompanhado pelos juros futuros, na medida em que os investidores avaliavam o tumultuado cenário doméstico e os sinais dos mercados internacionais, à espera de uma agenda carregada ao longo da semana.

Por volta das 10 horas, o dólar comercial avançava 0,31%, para R$ 5,2096, refletindo as incertezas fiscais e políticas domésticas. No mercado de moedas no exterior, o dólar registra leves avanços contra lira turca e rublo russo, operando estável ante o peso mexicano e recuando em comparação ao rand sul-africano.

Para a Commcor, após o presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Jerome Powell, dizer na sexta passada que o início da redução de estímulos pode se iniciar este ano sem especificar o “timing”, além da afirmação de que uma alta de juros precoce pode ser danosa, a perspectiva de manutenção de estímulos sustenta a busca por ativos de risco no exterior. Ainda assim, permanecem no radar dos agentes financeiros riscos domésticos.

“O real vem ‘surfando’ alguma melhora do sentimento recente no que tange à percepção da trajetória da dívida local, mas riscos em torno dos precatórios ou mesmo programas assistenciais com delicada fonte de financiamento (risco ao teto de gastos) seguem como uma ‘nuvem preta’ no mercado local”, informa a instituição, citando ainda “a quase insustentável crise político-institucional”.

Nos juros futuros, as taxas alinhavam-se à moeda americana com avanços moderados. No mesmo horário acima, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 oscilava de 6,76% no ajuste anterior para 6,75%; a do DI para janeiro de 2023 avançava de 8,44% para 8,475%; a do contrato para janeiro de 2025 tinha alta de 9,35% para 9,40%; e a do DI para janeiro de 2027 escalava de 9,71% para 9,78%.

A Renascença DTVM nota que a tendência é que a curva de juros ganhe inclinação ao longo do dia, com a alta das taxas futuras de longo prazo, diante do “acúmulo de noticiário desconfortável” visto no fim de semana.

A corretora cita a possibilidade de o Banco do Brasil (BB) e a Caixa deixarem a Febraban, após a instituição ter assinado um manifesto que pede harmonia entre os três Poderes da República, e os relatos de que o novo valor da bandeira tarifária patamar 2 somente sairá na semana que vem, elevando o temor do mercado sobre eventuais medidas populistas do governo.

A agenda de indicadores ganha tração nesta semana, com o foco nas divulgações do PIB do Brasil relativo ao segundo trimestre e o relatório geral de empregos de agosto nos Estados Unidos.

Hoje, o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) relativo a agosto mostrou alta menor do que as expectativas, de 0,66%, ante mediana de 0,86%, segundo o Valor Data. No Boletim Focus, o ponto-médio das estimativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2021 voltou a subir, de 7,11% para 7,27%, e o para IPCA de 2022 variou de 3,93% para 3,95%.

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