02/01/2025 às 08h57min - Atualizada em 02/01/2025 às 08h57min

Brasil assume presidência do BRICS em momento de expansão histórica

Novos desafios e oportunidades para o bloco em meio à busca por uma governança global mais inclusiva

- Da Redação, com Agência Brasil
Foto: Ricardo Stuckert/PR

Com a posse do Brasil na presidência rotativa do BRICS na quarta-feira, 1º de janeiro de 2025, o bloco inicia uma nova fase marcada por uma expansão sem precedentes. Ao menos nove novos membros – Cuba, Bolívia, Indonésia, Bielorrússia, Cazaquistão, Malásia, Tailândia, Uganda e Uzbequistão – se juntam ao grupo, elevando o número de participantes e as expectativas para o futuro.

 

Sob o lema "Fortalecendo a Cooperação do Sul Global para uma Governança mais Inclusiva e Sustentável", o governo brasileiro terá o desafio de articular a participação dos novos membros e dar continuidade à construção de um sistema de pagamento com moedas locais, buscando reduzir a dependência do dólar nas transações comerciais.

 

Especialistas, como o professor Paulo Borba Casella da USP, destacam a complexidade de gerir um BRICS expandido, com a necessidade de otimizar a participação dos diversos grupos de trabalho. A inclusão de novos membros, definida na 16ª cúpula em Kazan, na Rússia, também adiciona uma nova dinâmica ao bloco, com a possibilidade de mais países se juntarem como parceiros ou membros efetivos.

 

Maria Elena Rodríguez, da PUC-Rio, ressalta a importância de o Brasil assumir um papel proativo, diferente da presidência anterior, e apresentar avanços concretos, como a implementação do sistema de pagamentos em moedas locais.  A iniciativa, no entanto, já gerou reações, com o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, ameaçando tarifas a países que abandonarem o dólar.

 

 


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