O Banco Central confirmou que realizará nesta quinta-feira (26) mais um leilão extraordinário de dólares à vista, com oferta de até US$ 3 bilhões. A iniciativa, que ocorre em meio a um cenário de forte alta cambial, busca conter a escalada do dólar, que encerrou a última segunda-feira (23) cotado a R$ 6,1851, após alcançar a máxima de R$ 6,2010 no pregão – a segunda maior cotação da história.
Desde o início de dezembro, a autoridade monetária já injetou US$ 27,76 bilhões no mercado, marcando o maior volume mensal já registrado. Apesar das intervenções, o mercado segue pressionado por incertezas fiscais e revisões pessimistas nas expectativas econômicas.
Especialistas apontam que a redução no impacto do pacote de corte de gastos do governo, enfraquecido durante a tramitação no Congresso, contribuiu para o cenário atual. A economia esperada com o pacote caiu de R$ 71,9 bilhões para R$ 69,8 bilhões até 2026, ampliando a desconfiança do mercado.
As reservas internacionais do Brasil, que somam US$ 347,644 bilhões, continuam sendo um importante respaldo contra choques externos. Ainda assim, o Boletim Focus ajustou as projeções para a cotação do dólar ao final de 2024, elevando a estimativa para R$ 6,00, frente aos R$ 5,70 previstos há um mês.