O BV (antigo Banco Votorantim) e o Portal Solar assinaram acordo de R$ 45 milhões. O contrato prevê um aporte do banco na companhia e a opção de comprar 100% da subsidiária Meu Financiamento Solar (MFS), uma plataforma on-line de crédito para projetos fotovoltaicos no Brasil, mantida pelas duas empresas desde setembro do ano passado. A efetivação da parceria ocorrerá após o cumprimento de critérios de performance e está sujeita à aprovação de órgãos reguladores. Com a concretização do negócio, o BV pagará uma quantia adicional para de fato adquirir a MFS.
O MFS nasceu de um spin-off do Portal Solar e tem como atividade principal o financiamento de projetos solares em residências e empresas, com atuação de respectivos parceiros de serviços de instalação e fornecedores de equipamentos. Na divulgação do balanço do segundo trimestre, o presidente do BV, Gabriel Ferreira, já havia afirmado ao Valor que o banco que tinha elevado a participação direta que tem na Portal Solar – ainda minoritária – e que tinha a opção de comprar o controle da MFS.
“O BV é um dos líderes de financiamento de equipamentos para geração solar, com uma carteira de crédito de R$ 1,5 bilhão no 2º trimestre de 2021 e crescimento de 237% frente ao ano anterior”, diz em nota Flávio Suchek, diretor de Novos Negócios e Empréstimos do BV. “Esse avanço estratégico com o MFS permite ao BV acelerar ainda mais sua estratégia de crescimento no ecossistema de energia solar”, acrescenta.
A plataforma MFS conta com mais de 22 mil integradores cadastrados, sendo 600 novos a cada mês, além de 30 mil simulações mensais de consumidores interessados na contratação de sistemas de energia solar. A fintech recebe mais de 15 mil solicitações de crédito por mês, totalizando uma originação de em média R$ 800 milhões. O volume de contratos financiados deve crescer 300% em 2021.
“Com a maior participação teremos recursos financeiros suficientes no Meu Financiamento Solar para investir no crescimento e inovação do negócio. Buscamos sempre nos adaptar ao mercado da melhor maneira possível e a expansão da operação através desse modelo foi a decisão lógica a ser tomada”, afirma Rodolfo Meyer, CEO do Portal Solar.
