Os quatro membros fundadores do Mercosul – Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai – declararam apoio aos atuais termos do aguardado acordo de livre comércio com a União Europeia (UE), aguardando agora a aprovação final dos europeus. A informação foi confirmada por fontes próximas às negociações antes da cúpula do bloco, marcada para 5 e 6 de dezembro na capital uruguaia.
Em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que pretende assinar o acordo ainda este ano. Já a Argentina, que anteriormente demonstrava restrições, anunciou apoio ao tratado, reforçando sua posição favorável a acordos comerciais.
Após avanços em reuniões realizadas no Brasil na última semana, negociadores dos dois blocos retornaram às suas sedes para apresentar os detalhes do texto final a seus respectivos líderes. Paralelamente, negociações virtuais prosseguem, com expectativas de que delegações europeias possam viajar a Montevidéu para oficializar o tratado.
Apesar do progresso, o acordo enfrenta resistência na UE, com a França liderando esforços para bloquear a proposta no Parlamento europeu. Até o momento, países como Irlanda, Países Baixos e Polônia apoiam a posição francesa, mas o número de votos contrários ainda é insuficiente para barrar o texto, cuja votação ainda não foi agendada. A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, aguarda a finalização do acordo para confirmar sua presença na cúpula.
Se concluído, o tratado representará o encerramento de mais de duas décadas de negociações e a formação de um dos maiores blocos comerciais do mundo, unindo Mercosul e União Europeia.