A cadeia produtiva do algodão no Brasil deu um passo decisivo rumo à sustentabilidade com a parceria entre a Embrapa Meio Ambiente, a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e a Bayer. O objetivo é mensurar a pegada de carbono do algodão, analisando as emissões associadas a seus derivados, como pluma, óleo, farelo e biodiesel, consolidando práticas mais eficientes e sustentáveis.
Pesquisadoras da Embrapa Meio Ambiente, Marília Folegatti e Nilza Patricia Ramos, lideram o projeto, que já conta com um módulo específico para calcular as emissões. Testado em 77 mil hectares no Centro-Oeste pela Bayer, o estudo foi ampliado para incluir a diversidade dos métodos de produção nacionais, com apoio da Abrapa e da Abiove. A Abrapa representa 95% da produção nacional de algodão, enquanto a Abiove traz expertise no processamento industrial, contribuindo para uma análise mais completa da cadeia.
A iniciativa também reforça o compromisso do setor com programas como o RenovaBio, fortalecendo a descarbonização da agroindústria. Como um dos maiores exportadores mundiais de algodão, o Brasil avança para atender às exigências de mercados globais por produtos com menor impacto ambiental, ao mesmo tempo em que demonstra liderança em práticas agrícolas sustentáveis.