21/07/2021 às 15h31min - Atualizada em 21/07/2021 às 15h31min

Microempresas avançam na participação da receita da indústria entre 2010 e 2019, diz IBGE

As microempresas experimentaram avanço em sua participação dentro do total da receita líquida de vendas da indústria entre 2010 e 2019, segundo a Pesquisa Industrial Anual (PIA) Empresa e Produto 2019 divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2010, as microempresas respondiam por 5% do total da receita líquida do setor industrial, fatia que saltou para 5,8% em 2019.

O IBGE considera como microempresa aquela que possui até 19 pessoas ocupadas, enquanto a pequena empresa tem de 20 a 99 pessoas empregadas, a média empresa tem de 100 a 499 pessoas empregadas e a grande empresa tem mais de 500 funcionários. Em 2019, o país tinha 306,3 mil empresas industriais, sendo 300 mil no setor de transformação e 6,3 mil extrativas. O setor gerou naquele ano 7,6 milhões de empregos, dos quais 7,4 milhões na indústria de transformação, que respondia ainda por R$ 3,4 trilhões do total de R$ 3,6 trilhões da receita líquida de vendas de todo o setor industrial.

O valor bruto da produção industrial em 2019 foi de R$ 3,3 trilhões, dos quais R$ 3 trilhões vindos da indústria de transformação. Já o custo das operações industriais ficou em R$ 1,9 trilhão.

A pesquisa mostrou ainda que o valor da transformação industrial foi de R$ 1,4 trilhão e os investimentos realizados para o ativo imobilizado ficou em R$ 223,4 bilhões.

Do total da receita líquida de vendas de R$ 3,6 trilhões verificados em 2019, além dos 5,8% vindos das microempresas 9,4% vieram das empresas de pequeno porte, que respondiam por 9,6% em 2010. Já as indústrias de médio porte viram sua fatia nesse total recuar de 18% em 2010 para 17,4% em 2019. As grandes indústrias, por sua vez, se mantiveram sem alteração na sua participação, com 67,4% do total da receita tanto em 2010, quanto em 2019.

O IBGE mostrou ainda que em 2019, 82,5% da receita bruta do setor industrial foi fruto da venda de bens de serviços industriais, enquanto 8,3% vieram de outras receitas brutas de vendas não industriais e 9,2% foram provenientes de outras receitas. O IBGE ressaltou que, entre 2010 e 2019, a indústria brasileira aumentou a fatia tanto da venda de produtos industriais quando de não industriais, uma vez que em 2010 80,5% da receita bruta vinha da venda de produtos industriais e 7,1% vinha da venda de produtos não industriais, como prestação de outros serviços, revenda e outras atividades produtivas, enquanto 12,4% estavam na rubrica "demais receitas".

A pesquisa também mostrou que a fabricação de produtos alimentícios se manteve como a principal atividade da indústria em 2019, com 20,5% do total da receita líquida de vendas, uma alta de 3,3 pontos percentuais frente aos 17,2% observados em 2010. Outras atividades que chamaram a atenção pela alta na participação da receita líquida entre 2010 e 2019 foram a extração de petróleo e gás natural e a fabricação de produtos químicos. A extração de petróleo e gás respondia por 0,1% da receita líquida de vendas da indústria brasileira em 2010 e passou a 1,7% em 2019, uma alta de 1,6 ponto percentual, enquanto a fabricação de produtos químicos deu um salto de 1,3 ponto percentual no mesmo período, passando de 8,6% do total para 9,9%.

No sentido contrário, a principal queda veio da fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias, que respondeu por 12,3% da receita líquida de vendas em 2010 e caiu 3,1 pontos percentuais, para 9,2% em 2019.

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