A bolsa brasileira abriu o pregão em alta, acompanhando a sinalização positiva vinda dos mercados internacionais, mas aguarda o discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, para firmar a direção para o dia. Os ganhos firmes nas ações da Vale e da Petrobras dão ritmo à renda variável brasileira, ao passo que o setor elétrico é destaque de queda, diante dos riscos crescentes de uma crise hídrica.
Por volta das 10h30, o Ibovespa subia 0,45%, aos 119.260 pontos, depois de ir até os 119.369 pontos, na máxima logo após a abertura. Em Nova York, os índices futuros do Dow Jones e do S&P 500 tinham avanços de 0,21% e de 0,26%, nesta ordem. Entre as commodities, o minério de ferro subiu no porto de Qingdao (China) e o petróleo avança no mercado internacional.
Em reação, Vale ON evolui 1,16%, enquanto Petrobras tem altas de 0,78% e de 0,95% nas ações ON e PN. Entre os destaques positivos, Usiminas PNA saltava 4,21%. Na outra ponta, Americanas ON figurava no topo do ranking negativo, com queda de 1,18%, seguida por Engie PN (-1,16%), Cemig PN (-1,00%) e Copel PNB (-0,92%).
O analista da corretora Commcor Cleber Alessie chama a atenção para a preocupação dos investidores com relação aos impactos da crise hídrica, que pode ocasionar novos aumentos no preço de energia, encarecendo a conta de luz e intensificando ainda mais a pressão inflacionária.
Para Alessie, os problemas internos tendem a aumentar ainda mais a pressão sobre os negócios locais, após posicionamentos mais duros por parte de alguns dirigentes do Federal Reserve. “Fato é que o tapering [redução dos estímulos monetários] parece uma realidade cada vez mais próxima e suas consequências são claras. Ou seja, as economias e ativos considerados de maior risco podem se tornar cada vez mais menos atraentes para os investidores”, emenda o analista da Commcor, referindo-se aos mercados emergentes.
