04/11/2024 às 09h57min - Atualizada em 04/11/2024 às 09h57min
Preço do milho sobe por três meses consecutivos no Brasil e margens de venda se tornam positivas
Valorização é impulsionada por demanda externa, dólar alto e desafios no plantio de soja, diz analista do Itaú BBA
- Da Redação, com Notícias Agrícolas
Foto: reprodução O mercado de milho no Brasil registrou três meses consecutivos de alta nos preços, encerrando a primeira semana de novembro com margens de venda positivas. Na última sexta-feira (1º), as cotações futuras na Bolsa Brasileira (B3) alcançaram entre R$ 73,05 e R$ 77,15, com ganhos semanais de até 1,6%, refletindo a valorização que beneficia os produtores. As cotações de novembro de 2024 subiram 0,19%, chegando a R$ 73,05, enquanto janeiro e março de 2025 apresentaram elevações de 0,26% e 0,63%, respectivamente.
Francisco Queiroz, analista do Itaú BBA, aponta que o aumento dos preços se deve a diversos fatores, incluindo a forte demanda nos Estados Unidos, a valorização do dólar e o atraso no plantio de soja. Além disso, a alta demanda para rações e etanol contribui para o cenário positivo para os produtores brasileiros, que encontram uma boa oportunidade para avançar na comercialização do cereal.
No mercado físico, praças como Nonoai (RS), Sorriso (MT) e Campo Grande (MS) também registraram aumento no preço da saca. Queiroz observa que a relação de troca para fertilizantes na segunda safra de 2025 apresenta um cenário vantajoso para os produtores.
No mercado internacional, a Bolsa de Chicago (CBOT) também registrou altas moderadas para o milho, com o vencimento de dezembro/24 cotado a US$ 4,14, refletindo o impacto de uma venda significativa de milho para o México, que movimentou o mercado e impulsionou compras técnicas adicionais.