Após um salto de 277,5% no lucro líquido, a R$ 42,7 milhões, a Indústrias Romi considera que o pior momento da pandemia já passou e a recuperação da indústria nacional está consolidada. Entre abril e junho a companhia viu um crescimento de 68,5% na carteira de pedidos, a R$ 675 milhões. A empresa paulista fornece máquinas e equipamentos para diversos setores.
“Conseguimos executar nosso plano de crescimento em produção, o que resultou em crescimento de margens, aumentando a carteira de pedidos que vai assegurar os próximos trimestres”, disse Luiz Cassiano Rosolen, diretor-presidente, durante teleconferência para comentar os resultados.
O executivo destacou que a Romi conseguiu manter margens sólidas mesmo com a alta nos preços de insumos, o que deve gerar uma melhora nos indicadores financeiros da empresa nos próximos períodos.
“Nosso desafio agora é executar a robusta carteira de pedidos e iniciar o planejamento para 2022, com perspectivas positivas para os mercados asiático e europeu”, disse Rosolen.
A escassez global de semicondutores e componentes eletrônicos não está afetando diretamente a Indústrias Romi, mas sim alguns de seus clientes que utilizam o insumo, segundo Rosolen.
O diretor presidente da empresa diz que alguns conseguiram antever esse cenário e garantir o abastecimento necessário para a produção.
“Notamos alguma paradas de duas semanas ou até mais em alguns de nossos clientes, mas internamente não é um problema”, comentou. “Nossos parceiros aumentaram o tempo de entrega, mas não está impactando nossa produção interna.”
O executivo falou que a inflação de custos impacta a Romi, mas que a empresa está conseguindo repassar nos preços, o que mantém as margens da empresa. “No segmento de máquinas mantemos um planejamento e vemos a situação de mercado para repassar esse impacto”, disse Rosolen.