A agência de classificação de risco S&P revisou a perspectiva de crédito da JBS S.A. de negativa para estável, destacando a diversificação e eficiência das operações da empresa, bem como o comprometimento de sua administração com o controle do endividamento. A decisão reflete a melhora nos indicadores financeiros da companhia e a expectativa de que ela mantenha um endividamento abaixo de 3 vezes o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização).
Segundo a S&P, a alavancagem da JBS diminuiu consideravelmente nos últimos dois trimestres e deve encerrar 2024 com uma relação dívida líquida/Ebitda de 2,5 vezes. A agência também espera que a empresa alcance um índice de fundos das operações (FFO) sobre dívida de 27%, resultado expressivo em comparação com os 111% registrados em 2023.
A S&P manteve a classificação de crédito da JBS em “BBB-” na escala global e em “brAAA” na escala nacional. A análise da agência considera que os negócios de carne suína e de aves da JBS, com margens Ebitda recordes, irão compensar as margens próximas de zero esperadas para o segmento de carne bovina nos Estados Unidos em 2024 e parte de 2025.
Apesar desse cenário, a S&P projeta que as margens consolidadas da JBS recuperarão para cerca de 9% em 2024, impulsionadas pelo desempenho da Pilgrim's Pride, das operações de carne suína nos EUA, da Seara, e pela recuperação dos negócios de carne bovina no Brasil, Austrália e Europa.
