A Dívida Pública Federal (DPF) subiu 1,24% em termos nominais na passagem de junho para julho somando R$ 5,395 trilhões. Considerando os números revisados do Plano Anual de Financiamento (PAF), a DFP está abaixo dos novos limites, que variam entre R$ 5,5 trilhões e R$ 5,8 trilhões no ano.
De acordo com números divulgados hoje pelo Tesouro Nacional, a Dívida Pública Mobiliária Federal Interna (DPMFi) registrou uma alta de 1,02%, para R$ 5,155 trilhões em julho. Já a Dívida Federal Externa somou R$ 240,87 bilhões (US$ 47,03 bilhões), o que representa uma elevação de 6,26% na comparação com os números de junho.
No mês passado, as emissões da DPF corresponderam a R$ 142,44 bilhões, enquanto os resgates somaram R$ 118,08 bilhões, o que resultou em emissão líquida de R$ 24,37 bilhões. Desse total líquido, R$ 16,14 bilhões referem-se à emissão líquida da Dívida Pública Mobiliária Federal Interna (DPMFi) e R$ 8,23 bilhões à emissão de Dívida Pública Federal Externa.
O percentual vincendo em 12 meses ficou em 22,72% da DPF, contra 22,48% em junho. O prazo médio da dívida fechou julho em 3,77 anos ante 3,73 anos em junho.
A participação dos papéis pós-fixados na Dívida Pública Federal (DPF) subiu de 35,07% em junho para 35,67% em julho. Pelos novos limites do PAF, essa participação deve variar entre 33% e 37% em 2021.
Já os títulos prefixados representaram 32,05% da DPF (33,33% da DPF em junho). Os papéis ligados a índices de preços representaram 27,59% do total (27,13% em junho). Já aqueles ligados a câmbio ficaram em 4,69% (4,46% em junho).
Pelos novos parâmetros do PAF, a participação dos papéis prefixados deve ficar entre 31% e 35% da DPF em 2021. Já os atrelados a índice de preços devem variar de 26% a 30% da DPF e os papéis ligados ao câmbio devem ficar entre 3% e 7%. A participação de investidores estrangeiros na dívida mobiliária federal interna caiu em termos percentuais de 9,71% em junho para 9,67% em julho. Em valor absoluto, a fatia saiu de R$ 495,42 bilhões para R$ 498,72 bilhões.
Os fundos de investimento têm participação de 24,22% (ante 23,63% em junho). As instituições de previdência fecharam julho em 22,33% (contra 22,96% em junho). As instituições financeiras encerraram o mês respondendo por 30,77% da DPMFi (frente a 30,74% um mês antes).
O governo responde por 3,89% (ante 3,93% em junho). Já as seguradoras ficaram com 3,82% em julho (após 3,78% em junho).
O custo médio do estoque da dívida pública federal acumulado em 12 meses subiu forte em julho, atingindo 7,64% ao ano, ante 7,18% em junho, puxada pela dívida externa, mas também com colaboração da interna, que representa a maior parte. O custo das novas emissões na dívida interna em títulos também subiu, passando de 5,77% para 6,09% ao ano no acumulado em 12 meses até julho. Em dezembro do ano passado, para se ter uma ideia da escalada de preços, esse indicador estava em 4,44%, embora baseado em outra metodologia.