O saldo do crédito a pessoas jurídicas “apresentou evolução moderada” no segundo trimestre, “com heterogeneidade entre as regiões”, afirmou o Banco Central (BC) nesta quarta-feira (25). A autoridade monetária divulgou boxe, de seu Boletim Regional, em que analisa a evolução do crédito por regiões no período de abril a junho deste ano.
As maiores expansões foram registradas nas regiões Sul (2,8%) e Norte (2,1%), na comparação com o primeiro trimestre.
“À exceção do Norte, a variação do saldo de crédito foi inferior à do segundo trimestre de 2020, diante de maiores estímulos contracíclicos para o crédito corporativo naquele período”, disse o BC. No Sudeste, por sua vez, houve contração de 0,5%.
“A maior queda [em termos estaduais] ocorreu no Rio de Janeiro (6,8%), principalmente no ramo de petróleo da indústria de transformação, com o vencimento de parte dos empréstimos contratados ao longo do primeiro semestre de 2020”, disse o BC.
Houve também amortizações em outros Estados, “o que arrefeceu as taxas de crescimento do crédito corporativo, como na Bahia, em São Paulo e em Minas Gerais”.
“Em sentido oposto, destacou-se o crescimento do crédito às empresas do Rio Grande do Norte (8,5%) e Espírito Santo (8,3%)”, disse.
Em termos setoriais, um dos destaques positivos foi “o crescimento no volume de crédito à indústria no Sul, principalmente no segmento alimentício”. “Em contraponto, o financiamento à indústria de transformação diminuiu no Nordeste (especialmente aos segmentos químico e siderurgia) e no Sudeste (principalmente ao setor automobilístico)”, disse.
Já a inadimplência dos empréstimos a pessoas jurídicas aumentou “discretamente” no Sudeste, no Nordeste e no Norte, segundo o BC. Mas de maneira geral, levando em consideração também as pessoas físicas, a inadimplência “permaneceu reduzida”.