A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), cresceu 2% em julho ante junho, para 68,4 pontos, com alta de 3,5% ante julho de 2020.
Com o aumento, o ICF atinge o maior patamar desde abril de 2021 (70,7 pontos). Na comparação com igual mês de ano anterior foi a primeira vez que o índice mostrou alta desde março do ano passado. Entretanto, a CNC pontuou que, mesmo com aumento, o indicador segue abaixo do nível de satisfação (100 pontos), o que acontece desde 2015.
Em comunicado sobre o indicador, o presidente da CNC, José Roberto Tadros, afirmou que a maior confiança das famílias na manutenção da tendência positiva do mercado de trabalho, assim como a disponibilização do auxílio emergencial e uma maior parcela da população já vacinada favoreceram as condições de consumo, em julho.
Na comparação com junho, todos os sete tópicos usados para cálculo do ICF mostraram alta. É o caso de emprego atual 0,1%); perspectiva profissional (1,1%); renda atual (2,5%); acesso ao crédito (0,3%); nível de consumo atual (2,2%); perspectiva de consumo (5,1%); e momento para duráveis (4,7%).
Já na comparação com julho do ano passado, houve alta em emprego atual (1,5%); perspectiva profissional (13,9%); nível de consumo atual (7,5%); perspectiva de consumo (11,1%); e momento para duráveis (4,6%). Em contrapartida foram registradas, na mesma comparação, quedas em renda atual (-3,9%); e acesso ao crédito (-4,3%).
Ao detalhar sobre os tópicos usados para cálculo do índice, para a CNC, um destaque positivo na pesquisa no entendimento da confederação foi a evolução de perspectiva de consumo, que cresceu 5,1% na comparação com junho, subindo a 66,8 pontos em julho. O item foi o que apresentou o maior crescimento no mês e revelou melhora na percepção dos brasileiros em relação a compras futuras, informou a CNC.
“A expectativa das famílias é que esse ambiente econômico mais positivo percebido no curto prazo se prolongue para o longo prazo”, afirmou Catarina Carneiro da Silva, economista da CNC responsável pela pesquisa, em comunicado sobre o índice.