O governo está trabalhando em um plano de comunicação para divulgar informações e esclarecer a população sobre a retomada do programa nuclear brasileiro, segundo o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.
O ministro destacou que a retomada da construção da usina nuclear de Angra 3 (RJ) é um tema prioritário para o governo, assim como as iniciativas para a extensão da vida útil de Angra 1, a primeira usina nuclear brasileira, que entrou em operação comercial em 1985.
“Vivemos um momento promissor para a consolidação da energia nuclear no Brasil”, disse durante a abertura do Seminário Internacional de Energia Nuclear (Sien), evento online promovido na manhã desta quarta-feira (25).
Albuquerque lembrou que o Plano Nacional de Energia para 2050, desenvolvido pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), aponta espaço para a ampliação da geração energia a partir da fonte nuclear entre 8 e 10 gigawatts (GW).
Além disso, destacou que o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) iniciou este ano a elaboração de estudos para a definição de novos locais para a instalação de novas centrais nucleares. “Isso implicará na construção de novas usinas nucleares no país, que podem ter reatores clássicos ou os pequenos reatores modulares, que são uma opção econômica para a produção de energia com baixa emissão de carbono”, afirmou.
Albuquerque também destacou a visita, no mês passado, ao Brasil, do diretor da Agência Internacional de Energia Atómica, Rafael Grossi, e reafirmou a intenção do Brasil de cooperar internacionalmente sobre o tema. “Em breve será criado o Acordo de Viena, para impulsionar a energia nuclear como opção de baixo carbono em meio às mudanças climáticas e o Brasil fará parte desse grupo”, disse.