02/09/2024 às 11h00min - Atualizada em 02/09/2024 às 11h20min
Queimadas: Agricultura remanejará recursos do Plano Safra para replantio de cana
POR ESTADÃO CONTEÚDO
ESTADÃO CONTEÚDO
Brasília, 2 - O Ministério da Agricultura informou que vai remanejar recursos do Plano Safra para uma linha de crédito específica para o replantio de cana-de-açúcar. A medida é válida para áreas que precisarão ser recuperadas por causa das queimadas no País. O valor que será distribuído a essa linha está em estudo pela pasta. As lavouras de cana, sobretudo as localizadas em São Paulo, foram as mais atingidas pelas queimadas registradas ao longo do último fim de semana.
Segundo o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, a Secretaria de Política Agrícola vai levantar os prejuízos provocados pelas queimadas na agropecuária brasileira. De acordo com a pasta, um primeiro diagnóstico revelou a necessidade do replantio da cana-de-açúcar para a próxima safra. "Vamos fazer um remanejamento do Plano Safra vigente, que é o maior Plano Safra da história, que tem bastante recursos disponíveis para a agropecuária brasileira, para ter linhas de crédito específicas para o replantio de cana-de-açúcar", afirmou o ministro na nota.
O ministério destacou que os canaviais paulistas foram afetados tanto em áreas que já tinham sido colhidas quanto nas cultivos que estavam em fase vegetativa. "Elas queimaram e essa cana-de-açúcar morreu, por isso, há a necessidade de replantio", disse Fávaro. A Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil (Orplana) estima que cerca de 80 mil hectares em áreas de cana-de-açúcar e de rebrota de cana foram queimados.
Fávaro ressaltou, na nota, que outras medidas para reconstrução das áreas agropecuárias atingidas pelas queimadas estão sendo estudadas pela pasta. "Vamos dimensionar as perdas e, à medida que as demandas vão se apresentando, vamos trabalhando nas providências", disse.
O Brasil é o maior produtor de cana-de-açúcar e exportador de açúcar do mundo. No acumulado deste ano, as exportações do setor sucroalcooleiro somaram de U$ 8,69 bilhões, recorde para o segmento, de acordo com a pasta.
Fonte: ESTADÃO CONTEÚDO