​Embrapa mapeia riscos de novas pragas agrícolas no Brasil

Estudo identifica regiões vulneráveis e prepara estratégias para prevenir danos ao setor agrícola

Foto: Divulgação / Embrapa

Uma pesquisa realizada pela Embrapa revelou as regiões brasileiras mais vulneráveis ao desenvolvimento de três insetos-praga quarentenários que ainda não chegaram ao país, mas que já causam grandes prejuízos em outras nações: a Anastrepha curvicauda, a Bactrocera dorsalis e a Lobesia botrana.

O estudo mapeou as épocas e áreas em que essas pragas poderiam encontrar condições climáticas favoráveis e hospedeiros adequados, o que representa um risco significativo para diversas culturas agrícolas e o comércio internacional do Brasil.
 
A Bactrocera dorsalis, conhecida como mosca-das-frutas-oriental, poderia afetar culturas como abacate, banana, cacau e café nas regiões Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste, especialmente entre julho e outubro. Já a Anastrepha curvicauda, ou mosca-das-frutas-do-mamão, coloca em risco a produção de mamão e manga, com 721 municípios identificados como vulneráveis.

Por sua vez, a Lobesia botrana, uma traça que ataca principalmente videiras, ameaça a viticultura e outras frutíferas, com potencial de desenvolvimento ao longo de todo o ano em várias regiões.
 
A pesquisa também propõe estratégias para lidar com essas pragas caso elas entrem no país, incluindo o uso de agrotóxicos e agentes de controle biológico já utilizados em outras partes do mundo. Os resultados foram encaminhados à Secretaria de Defesa Agropecuária para orientar políticas de controle fitossanitário.