Líderes europeus não conseguiram durante uma reunião de cúpula do G7 nesta terça-feira (24) convencer o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a prorrogar a presença das tropas americanas no Afeganistão além de 31 de agosto, prazo estabelecido pela Casa Branca para deixar o país.
O governo americano ainda não se pronunciou oficialmente sobre a reunião do G7, mas fontes da Casa Branca disseram à agência Bloomberg que Biden cumprirá o cronograma de saída do Afeganistão como o planejado pelo Pentágono.
Biden teria pedido, no entanto, que o Pentágono elabore um "plano de contingência" para caso seja necessário que as tropas americanas continuem no Afeganistão por mais tempo.
Enquanto a reunião ainda estava sendo realizada, o porta-voz do Pentágono, John Kirby, afirmou em entrevista coletiva que não haveria nenhuma mudança nos planos dos EUA, um indicativo de qual seria a postura expressada por Biden no G7.
Anfitrião do encontro, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, desconversou quando questionado se a pressão sobre Biden falhou. Ele, no entanto, afirmou que o G-7 está trabalhando para que o Talibã garanta uma passagem segura para todos os que desejarem deixar o Afeganistão depois de 31 de agosto.
Johnson também afirmou que os líderes do G7 concordaram com um “roteiro” sobre como lidar com o Talibã no futuro, acrescentando que os países poderão pressionar o grupo extremista com medidas econômicas, diplomáticas e políticas.
Enquanto os líderes do G7 estavam reunidos, o porta-voz do Talibã, Zabihullah Mujahid, disse que o grupo não aceitaria uma prorrogação do prazo de saída das tropas estrangeiras do país.